quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

FREDERICO QUESTIONA DIRETOR DA CEEE SOBRE ATUAL SITUAÇÃO DA COMPANHIA

Para deputado, embora esforço da atual gestão, falta de política energética nacional eficaz deve contribuir para aumentos sucessivos de energia nos próximos anos

Por proposição do líder da bancada do PP, deputado Frederico Antunes, a Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa recebeu nesta quinta-feira (18), o diretor-presidente da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Gerson Carrion de Oliveira, que fez uma radiografia sobre a atual situação da companhia. Este ano, a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Delegados (Agergs) confirmou aplicação de multa à empresa por falhas no fornecimento de luz, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, no Rio Grande do Sul.

Para o deputado, embora reconheça o esforço da gestão de CEEE em minimizar as dificuldades atualmente enfrentadas, a falta de uma política nacional que dê maior segurança e eficácia ao modelo energético vigente no País contribui para um cenário futuro nebuloso no setor. “Por mais que se registre o empenho em melhorar uma situação complicada, a combinação de alguns fatores, como o clima desfavorável nos últimos três anos, a aquisição de energias mais caras no mercado livre e a falta de um olhar mais atento sobre outras fontes de energia me levam a concluir que teremos anos bastante difíceis pela frente, com constantes reajustes de energia sem garantia da manutenção da qualidade dos serviços prestados”, disse o deputado.

Ao fazer um apanhado histórico sobre a CEEE, Carrion frisou que o processo de privatização da companhia, ocorrido no final da década de 90, gerou um enorme passivo nas contas internas. Ele também ressaltou que a alteração da data-base para o reajuste das tarifas, prevista para outubro deste ano e alterada para fevereiro de 2015, se baseou em critérios eminentemente técnicos. Questionado pelo deputado, ele ainda afirmou que os recursos repassados pela União à Companhia referentes à Conta de Resultados a Compensar (CRC), em torno de R$ 3 bilhões, foram utilizados para sanar dívidas com a própria União e a quitação de dívidas acumuladas.

A companhia foi considerada a pior empresa de distribuição de energia elétrica do Rio Grande do Sul e a sexta pior do país em um ranking com 35 concessionárias, divulgado no final de abril pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O levantamento avaliou o período de janeiro a dezembro de 2013. A AES Sul é a 12º melhor colocada e a RGE ocupa a 22ª posição da lista.

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