
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (24), o acordo que transfere da Eletrosul para a gigante chinesa do setor elétrico Shanghai Energy, a responsabilidade pela execução das obra do chamado Lote A, conjunto de reforço ao sistema de transmissão de energia no sul do Brasil que inclui linhas e subestações. O acerto prevê prazo de até 48 meses para a conclusão das obras. Um acordo preliminar havia sido assinado em junho, mas precisava da autorização aprovada hoje pela ANEEL.
A partir de agora, a participação da ELETROSUL estará limitada à proporção do aporte de recursos feito pela empresa. A participação da estatal era uma condição imposta pelos chineses para se responsabilizar pela obra, devido à expertise desenvolvida ao longo dos anos.
Com a decisão, o prazo limite para a entrega das obras vai até 2021. Isso significa que os projetos que quiserem disputar o leilão do final deste ano que prevê entrega de energia em quatro anos não serão viáveis, porque há um prazo de seis meses de "garantia". A menos, claro, que o governo federal mude as regras do leilão. Depois da má experiência de bilhões investidos no Nordeste sem conexão com o sistema elétrico, as regras exigem capacidade para transportar a nova geração, com essa folga para entrada em operação.
O presidente da Frente Parlamentar de Energia da Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes (PP) comemorou a decisão tomada hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Frederico destacou que essa estrutura de transmissão é "urgentemente necessária" para que projetos de geração de energia possam participar de leilões do Governo Federal. O parlamentar progressista estima geração de 10 mil empregos com esse empreendimento.
SAIBA MAIS
O empreendimento do "Lote A", havia sido assumido pela Eletrosul após leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2014. Foi orçado inicialmente em R$ 3,27 bilhões. Engloba a construção de 1,9 mil quilômetros de linhas de transmissão e de sete novas subestações, além da ampliação de 16 subestações existentes. No entanto, as obras estão atrasadas. Em 2015, foi lançada uma chamada pública pela Eletrosul para a seleção de empresas interessadas em estabelecer uma parceria para a implementação dos empreendimentos.
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