quinta-feira, 5 de outubro de 2017

CCJ: FREDERICO ANTUNES QUESTIONA A NECESSIDADE DE DELIBERAR A CONSTITUCIONALIDADE DE MATÉRIAS QUE JÁ ESTÃO NA CONSTITUIÇÃO



Após a retirada do quórum, mais uma vez pelos Deputados da oposição, para impedir a tramitação do Projeto de Decreto Legislativo, cujo o relatório aguarda para ser lido há SEIS semanas, o Deputado Frederico Antunes pediu a palavra ao final da sessão da comissão e fez um importante questionamento.

O Deputado disse que vai encaminhar por escrito, solicitando à assessoria técnica da CCJ, que exponha a necessidade de deliberação de projetos que estão na pauta, quando os mesmos projetos já estão autorizados na própria Constituição.

O Deputado refere-se ao Projeto de Decreto Legislativo (PDL 3/2017), que tem como ementa aprovar a realização de plebiscito para autorizar a alienação, transferência do controle acionário, incorporação, fusão da CEEE, CRM e Sulgás.

"Quero ter a justificativa para a necessidade de votar na CCJ, a constitucionalidade e a legalidade do que já está escrito na Constituição, no seu artigo 22, parágrafo quarto. Nesse caso, o que está escrito na nossa Carta maior, está sendo motivo de um debate na própria Comissão de Constituição e Justiça. Sem entrar no mérito, eu gostaria de entender o que seria mais constitucional do que aquilo que já está escrito na própria Constituição?" questionou o Deputado.

Frederico Antunes classificou a manobra da oposição de retirada de quórum, como "um ato protelatório e obstrutivo dos trabalhos na CCJ, embora seja regimental", e afirmou que pedirá a resposta ao seu encaminhamento, até a próxima semana.

O Deputado Tiago Simon, presidente da CCJ, saudou a iniciativa do Deputado Frederico e o considerou como "um parlamentar desbravador de caminhos na Assembleia Legislativa". Ele disse ainda, que talvez essa torne-se a primeira proposição a chegar ao plenário da Casa, sem a análise da CCJ. E que a manifestação por escrito de Frederico Antunes, será enviada também à Procuradoria e à Secretaria do parlamento.

Com vinte anos de mandado parlamentar, Frederico Antunes salientou que ele já era Deputado Estadual e que votou a favor, quando houve a aprovação da obrigatoriedade de plebiscito para a venda de estatais. Agora, as mesmas corporações que instituíram essa exigência, não aceitam a tramitação de um projeto que propõe a consulta popular.

Nenhum comentário:

Postar um comentário